Cotas para quem?
Sorry for those who doesn't understand, but it's time for another post in Portuguese. It's about some "affirmative actions" taken in some Brazilian universities, and an interesting (but somewhat expected) twist that appeared, demanding such actions for a group characterized by their job... or rather, their parents' job.
Em português, é sobre o sistema de cotas. Até hoje esse assunto rende muitas discussões. Minha opinião pessoal é contra esse tipo de sistema. Não vou entrar em argumentos e razões porque não é o objetivo dessa vez, mas só aceitaria esse sistema em casos de emergência e necessidade absolutas. Ainda assim, isso dependeria dos grupos beneficiados. Além disso, seria absolutamente necessário um prazo determinado para ser suspenso, sendo que esse prazo não possa ser maior que dez anos, não possa ser estendido e não possa ser repetido em um período menor que uma década (pelo menos). Afinal de contas, é uma medida emergencial. Não pode se tornar a regra. Eu até penso que o período em que ele não pode ser implementado novamente é muito curto...
Além disso, essas ações deveriam ser obrigatóriamente acompanhadas de ações concretas para a melhoria do ensino público (a verdaderia origem do problema), em um compromisso que apenas com essas ações as cotas começariam a ser implementadas.
Enfim, minhas opiniões sobre o assunto não são a razão deste texto, mas sim algo que eu temia desde que esse sistema começou a ser elaborado. É claro que, estabelecido o privilégio para certos grupos da população, outros grupos também vão alegar ter direito a esse benefício. E, sob sua lógica, eles têm razão!
Por exemplo, um artigo que li recentemente... A reportagem completa pode ser encontrada aqui.
-----
Cotas para filhos de policiais mortos gera polêmica
Ter, 07 Ago, 01h24
Uma lei sancionada no governo de Sérgio Cabral, no mês de julho, modificando a lei de cotas universitárias, está causando polêmica no meio universitário do Rio de Janeiro. Segundo a lei nº 5074/07, cujo projeto é de autoria do deputado Álvaro Lins (PMDB) as universidades devem reservar vagas para filhos de policiais civis e militares, bombeiros, inspetores de segurança e de administração penitenciária que tiverem morrido ou tenham ficado permanentemente inválidos em serviço.
Segundo o autor da nova lei, cerca de 1,3 mil policiais militares morreram nos últimos 10 anos no Rio. Lins afirma que se inspirou num fato ocorrido durante e após a 2ª Guerra Mundial, quando filhos de combatentes tinham preferência tanto em estabelecimentos de ensino de todos os níveis.
-----
Era óbvio que isso ia acontecer cedo ou tarde... só nunca pensei que fosse ser com essa categoria. Mas isso é sério? Eu pensava que fosse demorar um pouco mais pra outros grupos reclamarem o direito às cotas...
O problema é que, a partir do ponto que um outro grupo conseguir esse direito, a coisa pode progredir como uma bola de neve... Por exemplo, um trecho no mesmo artigo diz que:
"O Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Rio vai exigir que a lei se estenda também para filhos de profissionais dessa categoria."
E eu já vejo os concursos pra policiais, bombeiros, etc. ficando bem mais concorridos com pais (ou futuros pais) que assim esperam garantir um futuro melhor aos filhos... de uma forma distorcida, mas que pode se tornar permitida pelo sistema.
Em português, é sobre o sistema de cotas. Até hoje esse assunto rende muitas discussões. Minha opinião pessoal é contra esse tipo de sistema. Não vou entrar em argumentos e razões porque não é o objetivo dessa vez, mas só aceitaria esse sistema em casos de emergência e necessidade absolutas. Ainda assim, isso dependeria dos grupos beneficiados. Além disso, seria absolutamente necessário um prazo determinado para ser suspenso, sendo que esse prazo não possa ser maior que dez anos, não possa ser estendido e não possa ser repetido em um período menor que uma década (pelo menos). Afinal de contas, é uma medida emergencial. Não pode se tornar a regra. Eu até penso que o período em que ele não pode ser implementado novamente é muito curto...
Além disso, essas ações deveriam ser obrigatóriamente acompanhadas de ações concretas para a melhoria do ensino público (a verdaderia origem do problema), em um compromisso que apenas com essas ações as cotas começariam a ser implementadas.
Enfim, minhas opiniões sobre o assunto não são a razão deste texto, mas sim algo que eu temia desde que esse sistema começou a ser elaborado. É claro que, estabelecido o privilégio para certos grupos da população, outros grupos também vão alegar ter direito a esse benefício. E, sob sua lógica, eles têm razão!
Por exemplo, um artigo que li recentemente... A reportagem completa pode ser encontrada aqui.
-----
Cotas para filhos de policiais mortos gera polêmica
Ter, 07 Ago, 01h24
Uma lei sancionada no governo de Sérgio Cabral, no mês de julho, modificando a lei de cotas universitárias, está causando polêmica no meio universitário do Rio de Janeiro. Segundo a lei nº 5074/07, cujo projeto é de autoria do deputado Álvaro Lins (PMDB) as universidades devem reservar vagas para filhos de policiais civis e militares, bombeiros, inspetores de segurança e de administração penitenciária que tiverem morrido ou tenham ficado permanentemente inválidos em serviço.
Segundo o autor da nova lei, cerca de 1,3 mil policiais militares morreram nos últimos 10 anos no Rio. Lins afirma que se inspirou num fato ocorrido durante e após a 2ª Guerra Mundial, quando filhos de combatentes tinham preferência tanto em estabelecimentos de ensino de todos os níveis.
-----
Era óbvio que isso ia acontecer cedo ou tarde... só nunca pensei que fosse ser com essa categoria. Mas isso é sério? Eu pensava que fosse demorar um pouco mais pra outros grupos reclamarem o direito às cotas...
O problema é que, a partir do ponto que um outro grupo conseguir esse direito, a coisa pode progredir como uma bola de neve... Por exemplo, um trecho no mesmo artigo diz que:
"O Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Rio vai exigir que a lei se estenda também para filhos de profissionais dessa categoria."
E eu já vejo os concursos pra policiais, bombeiros, etc. ficando bem mais concorridos com pais (ou futuros pais) que assim esperam garantir um futuro melhor aos filhos... de uma forma distorcida, mas que pode se tornar permitida pelo sistema.
No comments:
Post a Comment